É incrivel que quando se é criança o Mundo acaba várias vezes por dia. E outras tantas (ou talvez mais ) recomeça com uma voz, com um sorriso e até um olhar.
É incrivel como quando se é criança uma mentira parece o fim e um sorriso o principio...
O Mundo acabou no dia 25 de Junho deste mesmo ano...e em, uma só vez, renasceu (uma vez que vale por todas as vezes).
Foi o dia mais pequeno do ano...
É incrivel como eu nunca acreditei no destino, mas quando, ele me grita aos ouvidos, é impossivel não se ouvir...
O destino atirou-se, literalmente, para cima de mim. Confesso que a caminhada tem menos graça, mas, pelo menos torna-se menos sombria...perdi o medo do escuro, agora que vejo tudo.
Ontem num dos desabamentos habituais em que o Mundo me caía, soube exactamente a sensação do que é morrer...A luz. A voz. As imagens... (E se morrer é assim, eu imploro que me deixem ficar um pouco mais) . Levei um pontapé no rabo e, mandaram-me de volta. Não faço ideia do que se passou...
Achei-me num Mundo enorme, onde sempre pensei não estar...
Embora nao estejas cá... Renasceu o teu sorriso. Alguns eternos segundos... Perdi-me ali... E foi exactamente onde pensei que me tinha perdido que me encontrei...
"Não há passos divergentes para quem se quer encontrar".
Fizeste-me bem...e nao sabia se teria a certeza se iria, ou não, sentir a tua falta...quando foste atrás da voz, da luz... É triste começar a espera do fim. Nao sei se temos algum prepósito na vida, mas sei que temos forças e tal como tu, iremos gastá-las... Sei que depois vamos voar e quem sabe, se não nos iremos encontrar num desses céus que são tão nossos...
Sei que agora sou e estou aqui, sei não ser sempre, por isso guardo a tua voz, os teus olhos e tu mesmo dentro do nosso lugar especial...Num 25 de Junho que nao se repetirá...
Nunca irás morrer...Fazes-me falta...